Rizartrose: conheça a doença do mundo moderno!
A rizartrose pode ser chamada de muitos nomes: osteoartrite na base do polegar, osteoartrite trapeziometacarpal, entre outros. Apesar das diferentes nomenclaturas, a condição não muda. Em todos os casos, uma vez diagnosticado com essa doença, o paciente irá apresentar um desgaste na cartilagem da base do dedo polegar, região chamada de articulação trapezometacarpiana.
Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre essa estrutura, mas, provavelmente, está utilizando essa articulação neste exato momento, já que ela acaba sendo afetada durante o manuseio de equipamentos como celulares, tablets e teclados – justamente por isso, essa condição passou a ser chamada de doença do mundo moderno.
A função da articulação carpometacarpal, no entanto, não se limita apenas ao uso de aparelhos eletrônicos. Também é ela que possibilita a oponência do polegar (o movimento de pinça), ou seja, se você consegue segurar e girar objetos é graça a essa estrutura, formada pelo osso do punho, o trapézio, e a base do primeiro metacarpo.
Causas da rizartrose
Durante muito tempo, a rizartrose foi considerada um fator ligado a um processo de envelhecimento somado ao movimento repetitivo da mão, que, com os anos, leva ao desgaste da cartilagem.
Porém, como dito acima, o uso de aparelhos eletrônicos tem contribuido para que pessoas mais jovens desenvolvam essa condição. Uma pesquisa realizada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos revela que 40% da população do mundo todo tem – ou um dia terá – artrose entre os dedos e o punho.
É importante destacar, porém, que, embora sejam grandes vilões, os celulares, tablets e teclados não são os únicos responsáveis pelo aparecimento da rizartrose, outros fatores também estão associados ao desenvolvimento dessa doença, como o histórico familiar e os traumas sofridos no polegar.
Além disso, o gênero da pessoa também pode ser um fator determinante, isso porque é comum que essa condição afete mais as mulheres do que os homens, devido aos fatores hormonais e anatômicos do corpo feminino.
Sintomas mais comuns
Os sintomas da rizartrose variam de acordo com o nível de desgaste da cartilagem e tendem a piorar com o passar do tempo – principalmente se o paciente não fizer o devido acompanhamento junto a um especialista.
A dor e a rigidez articular são alguns dos principais sintomas dessa doença. Porém, o inchaço e a perda de força, que pode tornar difícil segurar objetos, também são bastante característicos.
Em casos avançados da rizartrose, o paciente pode ainda desenvolver uma deformidade na base do polegar, apresentando um aspecto mais quadrado nessa região da mão.
É possível prevenir a rizartrose?
Antes de falarmos sobre os tratamentos da rizartrose, é importante destacar que essa condição pode ser evitada, tomando alguns cuidados no dia a dia.
Reduzir o tempo no celular, tablet e computador é, sem dúvidas, uma das principais mudanças que uma pessoa que quer evitar problemas nas mãos (e em outras partes do corpo) deve ter.
Também é recomendado evitar outros movimentos repetitivos, a fim de retardar o desgaste da articulação. Utilizar ferramentas e acessórios ergonômicos também pode reduzir o estresse na base do polegar durante as atividades diárias.
Por fim, é muito importante realizar exercícios específicos para fortalecer os músculos ao redor da articulação do polegar, a fim de melhorar sua estabilidade.
Tenho rizartrose: como tratar?
O objetivo é sempre ter um estilo de vida saudável, a fim de prevenir o aparecimento das doenças, como a rizartrose. Porém, a boa notícia para pessoas que já desenvolveram essa condição é que é possível tratá-la.
As alternativas são indicadas com o intuito de aliviar a dor, melhorar a função do polegar e prevenir que a doença progrida com o passar do tempo. Dessa forma, as opções podem incluir desde medidas conservadoras a intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade dos sintomas.
No caso dos tratamentos não cirúrgicos, é comum o ortopedista especialista em mãos prescrever analgésicos e anti-inflamatórios e também o uso de talas ou órteses, que ajudam a estabilizar a articulação e reduzir a dor, principalmente durante a realização de atividades que exigem o uso do polegar.
Sessões de fisioterapia também são uma ótima alternativa para quem tem rizartrose, já que alguns exercícios ajudam a fortalecer os músculos da mão e a melhorar a amplitude de movimento do dedo polegar.
Quando os medicamentos e demais tratamentos não apresentam um bom resultado, o especialista pode, ainda, recorrer à infiltração, a fim de que a aplicação de medicamentos na estrutura lesionada possa reduzir a dor e a inflamação.
Tratamento cirúrgico para a rizartrose
Há casos em que o organismo do paciente não apresenta os resultados esperados ao tratamento conservador ou que o desgaste da cartilagem já está muito avançado. Quando isso acontece, a cirurgia passa a ser o tratamento mais indicado.
Existem, atualmente, três tipos de procedimentos que podem ser realizados pelo especialista em mãos, porém, o mais frequentemente utilizado é a artroplastia de suspensão, que consiste em substituir o osso trapézio por um tendão, que irá atuar como uma prótese. O principal objetivo dessa técnica é devolver a estabilidade do polegar e evitar o contato dos ossos, que causa dor.
Os demais procedimentos utilizados com menos frequência para tratar a rizartrose são a artrodese, que faz a fusão dos ossos para eliminar a dor, e a osteotomia, que consiste em fazer o reposicionamento ósseo.
Suspeita de rizartrose? Procure um especialista!
Considerada a doença do mundo moderno, a rizartrose é uma condição que pode afetar a qualidade de vida de muitas pessoas, incluindo a sua! Se você passa muito tempo no celular e já percebeu algum sinal de que algo não vai bem com a saúde do seu polegar, procure um especialista e inicie o tratamento adequado o quanto antes.